Por vezes, desafiamos a vontade de Deus, sofremos as consequências e, depois, concluímos que nos tornamos sem utilidade para Ele, pensando que só há uma oportunidade. No entanto, a Bíblia contém, em abundância, exemplos de homens e mulheres que desapontaram Deus, mas que continuaram a ser usados por Ele de uma maneira poderosa.
Por outro lado, não devemos abusar da graça de Deus, presumindo que Deus dá sempre uma segunda oportunidade e, por isso, desperdiçamos a primeira. As segundas oportunidades são uma expressão da Sua graça, não são obrigatórias ou garantidas. Quando se desafia ou não se cumpre a vontade de Deus, Ele pode escolher usar outra pessoa para levar a cabo os Seus propósitos e aqueles que desobedeceram podem sofrer sérias consequências da sua rebeldia.
Mesmo que Deus garanta uma segunda oportunidade para Lhe obedecer, a segunda oportunidade pode não envolver uma chamada semelhante à primeira, podendo consistir num papel de menor responsabilidade. Além disso, esta pode não resultar nas mesmas consequências que resultaria se tivéssemos respondido positivamente à primeira.
Estou a lembrar-me de Jonas, a sua rebelião deve ter atrasado a sua mensagem aos ninivitas durante várias semanas ou meses. Não admira que quando Jonas entrou na cidade de Nínive tivesse visto as sepulturas, ainda frescas, de pessoas que tinham morrido, sem terem tido a oportunidade de ouvirem a pregação de Jonas, por causa da desobediência dele. Para eles já não fez efeito esta segunda oportunidade.
Deus pode dar-nos segundas oportunidades, mas é mais honrado, e nós mais abençoados, quando Lhe obedecemos sem hesitação e imediatamente.
Elisabete Simões
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